terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Foto:http://www.planejamento.gov.br/


Ribeirinhos da Amazônia. 

Os Ribeirinhos em sua maioria de famílias tradicionais moram próximo dos rios e garantem sua subsistência através da pesca, extrativismo, caça e roçado. Essa maioria se encontra na região amazônica e grande parte é nativa, até mesmo por uma questão geográfica, passam por muitas dificuldades, desde as mais simples até as mais compostas possíveis, imagine em um país onde diversas pessoas principalmente de classe baixa passam por descaso em filas de hospitais, com a marginalização tomando conta de seus lares, péssima educação, uma total falta de oportunidades, de investimento em políticas públicas que visem o da cidade e também o ribeirinho. Imagine o ribeirinho, onde vive sem saneamento básico, energia elétrica, água encanada. 
Em especial vou retratar sobre os ribeirinhos da Ilha do Combu-Pa e um pouco da cultura desse povo. É extremamente notório que os costumes dos ribeirinhos são tradicionais, de comportamentos comunitários, adeptos de recursos naturais até mesmo por uma questão de Seleção Natural, onde sobrevive o mais apto.
Apesar de serem adeptos a cultura de uso eles têm alguns contratempos por conta da desestruturação de capital e com a globalização e as culturas de massa, alguns ribeirinhos se sentem alheios das tendências, e até prejudicando um pouco de suas raízes, porém os ribeirinhos da Ilha de Combu mantém suas crenças e costumes principalmente com a comida, remédios caseiros, remédios esses que muitos são passados em gerações, muitos costumes inteiramente ligados a natureza, como por exemplo, o ato de tomar banho no rio, para os ribeirinhos da Ilha de Combu não é simplesmente tomar banho, é sim lavar e purificar a alma, contato direto com a natureza.
A vida cotidiana dos ribeirinhos da Ilha é baseada em atividades realizadas diariamente, como, lavar roupa, fazer comida, pescar, caçar, cuidar de porcos, galinhas, patos, irem à escola, “apanhar” açaí...
Contudo a vida cotidiana e cultural dos ribeirinhos da Ilha de Combu esta ligada a natureza, sua cultura está interligada com o meio natural, e é de lá que garantem sua sobrevivência.  

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

As obras de arte e a Independência do Brasil


Quando paramos para analisar a importância da relação imagem-História, normalmente nos atentamos apenas para a fotografia. No entanto, como podemos pensar a imagem nos dias nos quais a fotografia ainda não existia ou era algo muito caro e escasso? Pois bem, assim como a fotografia, a pintura também é uma excelente ferramenta que nos remete ao passado de uma forma bem interessante.

Analisando, por exemplo, a pintura bem conhecida acima ("Independência ou Morte" [também conhecido como "O Grito do Ipiranga", de Pedro Américo - 1888), podemos e devemos analisar uma série de questões que às vezes acaba passando em branco. Diferente da fotografia, o pintor pode fazer exatamente tudo o que quiser - ou melhor, nesse caso, o que foi mandado fazer - com a sua representação de um fato. Assim, pode incluir personagens que não existiram e excluir outros, colocá-los as vestimentas que achar  mais adequado, alterar a cenário, criar heróis, etc. Ou seja, o pintor pode manipular os acontecimentos para que eles passam a representar os anseios de determinada classe ou pessoa.

No caso mais específico do quadro acima, ao olharmos para ele temos a impressão que o processo de independência do Brasil foi uma processo fácil, sem revoltas, no qual os Brasileiros se sentiram parte do movimento, todos contentes e cheios de amor à pátria e no qual D. Pedro I nos aparece como o verdadeiro herói e salvador da nação. Entretanto, sabemos muito bem que o processo não se deu exatamente assim. De uma forma sucinta, sabemos que só a capital do Brasil, Rio de Janeiro, participava das decisões tomadas e que no norte e o nordeste, por exemplo, houveram várias revoltas e recusas à essa adesão representada de forma tão singela. 



Todavia, embora saibamos que esses quadros estão repletos de manipulações, eles continuam sendo um indispensável documento para podermos compreender melhor a História, pois, através deles, podemos ter uma visão crítica e nos perguntar perguntas essenciais como "por que ele foi pintado?", "quem pintou ele?", "a mando de quem esse quadro foi pintado?", "em que contexto ele foi pintado?", etc. Dessa forma, portanto, poderemos chegar mais perto de compreender processos que aconteceu a tanto tempo e que até hoje nos são repassados sem a menor criticidade, como se fosse um evento heroico no qual todos os brasileiros aderiram consentidamente.


No caso específico da imagem acima, por exemplo, podemos responder a essas perguntas de tal forma: o quadro foi pintado por Pedro Américo que, além de pintor, foi também historiador, filósofo, escritor, romancista e poeta; foi pintado a pedido da família real, que investia na construção do Museu do Ipiranga (atual Museu Paulista), com o intuito de ressaltar a monarquia; além disso, o quadro foi pintado em 1888, em Florença, na Itália (66 anos após a independência ser proclamada). Ou seja, como podemos ver, ao respondermos a essas perguntas, podemos entender claramente os motivos pelo qual o quadro foi pintado assim e não de outra forma.


Fonte das imagens, respectivamente: inf.ufpr.br e krishnathor.blogspot.com.br

domingo, 5 de outubro de 2014

Igreja de São Benedito em Bragança-pa


Em meados das décadas de 1720 e 1760 pensa-se na construção de um novo templo, o motivo, é que a Igreja de São João Batista não era capaz de atender ás mudanças geográficas e movimentos da população, além das péssimas condições. Foi implementada a construção de outro templo dedicado a Nossa Senhora do Rosário, atendendo à irmandade de muitos europeus e brancos residentes da época, esse novo templo também servia para os índios que estava sob o controle de jesuítas e colonos.
Anos mais tarde, nas últimas décadas do século XVIII, a igreja São João Batista carecia de reformas urgentes e a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário não possuía tantas condições para a construção de seu templo, até então a Irmandade de São Benedito existia desde 1798 numa emida- pequena capela construída na lateral da igreja dedicada a Nossa Senhora do Rosário, na época. Era uma construção relativamente precária, feita de taipa e sem muito conforto. 
No centro histórico a igreja de São Benedito é considerado patrimônio material, como a unica edificação existente desse tipo e com larga importância do patrimônio imaterial já que é o ponto central das manifestações de culto e devoção a São Benedito, de sua festividade e da Marujada de São Benedito de Bragança.